quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Aqueles que os outros querem ser:

Thomas Jefferson (3ª Presidente dos EUA) disse:

"Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público."

 Não é apenas necessário, mas primordial que os atuais políticos se revejam nesta frase.

Numa altura em que diversos partidos políticos se debatem, não só com questões sérias de liderança interna, mas também com o colocar em causa das suas políticas e ideias, observo algumas figuras numa luta acesa para obter um lugar elegível. Nunca é demais lembrar a quem tem o poder de os eleger, que todas as eleições são formas democráticas de mudar o decurso da história e de melhorar o que se tem feito até aqui.

Para simpatizantes e militantes eis a oportunidade de escolher, não o líder mais carismático ou demagógico, mas aquele capaz de fazer da política um serviço público e que seja capaz de encontrar verdadeiras soluções que sirvam os interesses de toda a população. Um ser humano capaz de colocar o bem comum à frente dos interesses pessoais e com uma capacidade de diálogo que permita entendimentos onde estes sejam necessários.

Tenho visto muitos candidatos a líderes que mais não têm que muita lábia, mas que uma vez colocados no poder exercerão uma ditadura disfarçada, pincelada por manobras manhosas e que servirão os interesses apenas de "meia dúzia". É com esses candidatos, lobos com pele de cordeiro, com quem precisamos de ter cuidado, nem que seja para não voltarmos a cair nos mesmos erros.

Continuo a dizer que o problema não está nos partidos, nem na política de uma forma geral, mas nas pessoas que exercem esse serviço público, pessoas essas que vêem na política não uma forma de servir, mas de ver servidos os seus interesses.

Precisamos de mudanças urgentes e o momento é oportuno para fazer uma espécie de "limpeza" em determinados partidos

Andreia Gouveia

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Dia do Concelho de Santa Cruz, 499 de História


 
A mudança chegou ao Concelho de Santa Cruz e veio para ficar. Não foi só a equipa camarária que mudou, ganhamos rigor nas contas, transparência nas decisões e foi acima de tudo uma mudança em que o povo faz agora, verdadeiramente, parte dela e da vida do Concelho.

As provas ficam sempre por conta das atitudes e apesar de haver um protocolo para respeitar, não deixo de mostrar o meu total agrado por ontem observar que todos, entidades oficiais e povo, juntaram-se para comemorar uma data tão importante. Pela primeira vez todos puderam tomar parte da Sessão Solene e homenagear Santa Cruz.

Quanto aos discursos da Sessão Solene, posso realçar a importância da palavra que foi concedida a todas as forças políticas com assento na Assembleia Municipal, nunca antes tal atitude tinha sido tomada, o que revela da parte do executivo liderado por Filipe Sousa algo de nobre valor, revela um respeito pela democracia e pelas forças políticas com representação no Concelho.

Aos que não querem falar do passado é importante lembrar que não se pode apagar o passado, é importante não cair nos mesmos erros e vícios de antes.


Aos Santacruzenses desejo o melhor com a certeza que dias melhores sempre virão, daqui a um ano, na celebração dos 500 anos desta nobre cidade, uma data que será certamente emblemática, possamos novamente partilhar este espírito de união, nos sentirmos filhos de Santa Cruz e que a democracia, que ontem foi bem visível, se mantenha intocável em todos os seus valores.

Andreia Gouveia

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Juventude é o futuro


 A generalização nunca foi a melhor forma de abordar uma questão, até porque conheço alguns jovens interessados, motivados e conhecedores do mundo à sua volta, mas assusta-me perceber que a grande maioria de nós não dá a mínima importância a coisas relacionadas com temas que irão influenciar, em algum momento da nossa vida, a liberdade e a democracia de que somos herdeiros.

Assusta-me ver que a maioria sabe o resultado do último jogo de futebol, mas não sabe quem é o Dr. Passos Coelho ou o Dr. Cavaco Silva.

Assusta-me ver que a maioria sabe o último filme que estreou no cinema, mas não sabe o que é o FMI, a Troika e a dura austeridade que estes pacotes fiscais impõem às famílias.

Assusta-me ver que maioria sabe as novas tendências musicais, mas não sabe da última exposição ou palestra realizada sobre temas pertinentes da sociedade. 

Assusta-me ver que a maioria sabe em quem votar nos Reality Shows da televisão, mas não sabe em quem votar nas eleições para eleger o seus representantes.

O mundo é das séries, deixou de haver tempo para ler um diário de notícias ou ver um telejornal

A maioria sabe os nomes dos mais recentes cantores, atores e modelos, mas poucos sabem quantos partidos políticos existem, o que defendem ou até mesmo quem os representa.

A maioria entende de tecnologias e electrónicas, mas não sabem nada do que se passa na sociedade, no mundo, na política e na cultura.

Há espaço para todo o conhecimento, desde que haja vontade, desde que haja a capacidade de aprender, não se esquivem do mundo, nunca se esqueçam da responsabilidade cívica do qual somos detentores. O conhecimento daquilo que nos rodeia torna, cada um de nós, pessoas informadas e preparadas para os desafios da atualidade.

Pessoas com o conhecimento e informadas daquilo que as rodeias nos palcos de decisão podem mudar o Mundo.

Andreia Gouveia 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Iluminações


O iluminado do nosso Presidente do Governo Regional lembrou-se de dar mais um tiro nos pés e perdeu uma excelente oportunidade para estar calado. O presidente do Governo Regional diz estranhar que a população “não peça contas a quem os enganou”, aludindo aos novos executivos camarários espalhados por diferentes municípios da Região e que derrotaram os social-democratas a 29 de Setembro. 

É preciso ter alguma falta de bom senso, mas muita amnésia para se esquecer que o seu PSD foi o responsável pela falência da Região. Quem vai pagar? Aqueles que o Senhor Presidente quer que vão pedir contas aos inocentes que viram cair no colo verdadeiros calotes do seu PSD.

Exigir ao povo que peça responsabilidades aos novos autarcas é no mínimo de baixo nível.

Aguarde serenamente, porque o povo não dorme e vai mesmo pedir contas, mas não será a quem governa, com uma lufada de ar fresco, tentando reerguer o que o PSD afundou, o povo já lhes guardou os rostos e os nomes. Nas eleições a resposta será dada... o povo é quem mais ordena.

Andreia Gouveia 

   


quarta-feira, 19 de março de 2014

Democracia são as pessoas



É do conhecimento público as limitações que um Grupo de Cidadãos Eleitores tem de enfrentar à luz da Constituição para se candidatar às eleições que ultrapassem a esfera municipal. São precisas cerca cinco mil assinaturas a cada ano de eleições e isso acaba por limitar a nossa acção enquanto Movimento e partiu daí a nossa opção de transformar este projecto em partido político.


Afinal o que vai mudar? Apenas o estatuto perante a lei de Movimento para Partido, sempre fomos, somos e seremos, Juntos pelo Povo, somos e seremos os mesmos que em setembro mereceram a confiança de um povo que ansiava uma mudança firme e com sentido. Temos e teremos os mesmos ideais, os mesmos valores, a mesma garra e a mesma determinação em defender os interesses das populações.

Esta mudança será boa, pois irá permitir fazer mais e melhor pelas pessoas, pedimos o apoio de quem sempre confiou em nós, porque juntos seremos mais fortes e levaremos a nosso projecto mais longe. Àqueles que usarem esta mudança para denegrir a imagem do JPP, as provas das nossas boas intenções ficarão por conta das nossas atitudes, nada temos a temer, somos o que sempre fomos e teremos sempre a mesma forma de pensar e agir.

Não é a questão de Partido vs Movimento, o que faz a verdadeira democracia são as pessoas que fazem esses Partidos e esses Movimentos terem credibilidade, estatuto e serem dignos da confiança das pessoas.

E o caminho faz-se caminhando...

Andreia Gouveia

quarta-feira, 5 de março de 2014

Aqueles que somos e que os outros querem ser:


A mudança no quadro político regional veio para ficar, mas custa-me acreditar que, tantos meses depois, ainda existam personagens cuja a nova realidade ainda faz grande confusão:

Primeiro: foi certamente só por "coincidência" que o Governo Regional PSD decidiu investigar as contas da Junta de Freguesia de Gaula, a única junta de freguesia do concelho de Santa Cruz que, no último mandato, não era do PSD. O procedimento até seria perfeitamente normal se não soasse a uma tentativa de vingança, mas por estes lados da "Gália", os irredutíveis gauleses, não temem essa auditoria.

Segundo: alguns empresários, obviamente com ligações ao PSD, seguiram o conselho do deputado laranja, Jaime Ramos, e decidiram colocar a Câmara Municipal de Santa Cruz em tribunal, imagine-se só, pelas dívidas contraídas pelos amigos dos laranjinhas. Foram 50 milhões que ficara por pagar, mas só agora estão preocupados, profundas ironias.

Há quem deveria estar preso, porque faliram uma Câmara sem nunca defenderam os interesses da população e agora querem que seja o povo a pagar essa total irresponsabilidade e não é o Juntos pelo Povo que o diz, é mesmo os factos e as provas que vão surgindo à medida que os meses passam e contra isso, não há muito dizer.

É de louvar a postura do executivo liderado por Filipe Sousa, irão pagar o que devem, uma herança pesada do PSD, mas a ilegal pague aqueles que a fizeram. As pessoas serão sempre uma prioridade, a transparência é uma constante, o caminho é árduo, mas eles são melhores, sem dúvida vão conseguir endireitar os destinos da Câmara.

Andreia Gouveia

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Caos no Hospital


Eis o resultado dos cortes em áreas essenciais à dignidade da vida e alguém tem de assumir responsabilidades, dar explicações.
A Saúde é algo muito sério e nunca deveria, de forma alguma, ter chegado ao caos a que chegou, um a vergonha.
Investiu-se e gastou-se dinheiro em tudo, menos no que era necessário. As pessoas que são o mais importante de uma gestão, foram relegadas para segundo plano e um dos direitos que lhes são inalienáveis está, agora, posto em causa.
Um hospital onde, infelizmente, falta de tudo, desde a roupa, às agulhas, às luvas, passando pela falta de medicamentos e observar que não estão garantidas as condições mínimas de funcionamento, mas saber que centenas de milhões de euros foram gastos em obras, faz-me sentir vergonha da gestão deste Governo PSD. Paga agora o elo mais fraco, pela fraca noção de prioridades dos governantes desta terra.
Vão agora fazer o quê?? Deixar morrer pessoas sem a assistência a que têm direito para construir mais um troço de estrada algures? Vão fechar os olhos à realidade e continuar a seguir em frente e assobiar para o lado? Vão continuar a dar dinheiro para obras e betão? Ou vão assumir responsabilidades e tratar deste assunto com a urgência e celeridade que ele merece?
Não há explicação de qualquer entidade competente que apague a vergonha e a irresponsabilidade do momento, porque nunca deveriam ter deixado o Sistema Regional de Saúde chegar a este ponto miserável.
Andreia Gouveia

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PRAXES: QUEM VOTA A FAVOR, QUEM VOTA CONTRA?



Este é um dos assuntos do momento, as praxes académicas. O seu fim ou a sua continuação são agora discutidos pela opinião pública e nada tem mais força que a opinião pública. É deveras um assunto muito delicado e que deve ser discutido de forma racional, mas com um espírito aberto.

Primeiramente somos confrontados com a ideia que a praxe é uma forma de integração dos novos alunos, chamados caloiros, na Universidade. Não deixa de ser verdade, mas a suposta integração não deve, nem pode ser confundida com humilhação, opressão, estupidez e barbaridade. Infelizmente, não raras vezes, excede-se o limite.

Existem boas praxes, cometeríamos uma mentira tremenda se não o afirmássemos, mas também há más praxes, capazes de marcar a vida de um ser humano de uma forma muito negativa e a única forma de evitar, é legislar e fiscalizar estes modelos de integração.  Impera a necessidade de dureza em punir as más praxes e os seus autores para que os novos universitários possam desfrutar de um bom começo, integrando-se verdadeiramente na vida académica.

Sou totalmente contra qualquer tipo de praxe que envolva humilhações e violências, como aquela que envolve, aparentemente, a tragédia de Meco. Praxes como aquelas não passam de um circo de gente mal intencionada, sem qualquer espírito académico e que atiram para a lama o nome de muitas Associações Académicas com provas dadas de mérito e boas práticas.

Muita coisa precisa mudar, no entanto, a praxe é motivo de alegria de milhares de universitários que dela guardam grandes e bons momentos, histórias para contar e amigos para vida, e aí sim, quando as praxes são assim, verdadeiramente integradoras e saudáveis, só podemos ser a favor, porque dignificam o verdadeiro sentido da palavra.

Andreia Gouveia

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Estátua em Homenagem à Irmã Wilson



   Hoje o Jardim Municipal de Santa Cruz encheu-se, não de estátuas como alguns estavam preocupados que acontecesse, mas de cidadãos que vieram tomar parte na inauguração da estátua em homenagem a uma figura que merece todo o nosso respeito, admiração e GRATIDÃO, a irmã Wilson. Uma cerimónia muito bonita que contou com a presença de "um mar de gente".

Por falar em gratidão, lamento que esta homenagem não tenha sido do agrado de todos, nem vivida por todos da forma emotiva como deveria. Houve quem se preocupasse mais com as "guerrilhas políticas" e em dar "show mediático", incomodados com o orçamento do material para a obra a gratidão e o orgulho ficaram pelo caminho. É caso frisar que realmente existem pessoas que sabem o preço de tudo, mas não sabem o valor de nada e as provas ficam por conta das atitudes.

Políticas à parte, achei que a partir de hoje, Santa Cruz ficou mais rica, não apenas culturalmente, mas mais rica em valores, como a tal gratidão, valores que um dia a Irmã Wilson colocou em prática, dando o seu exemplo, exemplo e valores que certamente serão e deverão ser seguidos por todos nós.

 É assim que se enriquece um Concelho.

Andreia Gouveia

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Caso Daniel


 
O caso "Daniel" não é só o desaparecimento de um menino de um ano e meio durante três dias, (e que felicidade senti quando ele apareceu a salvo) o caso "Daniel" é a figura clara de centenas de famílias que foram "atiradas" para o limiar da pobreza e que o Estado foi incapaz de deitar a mão.

   Qualquer crítica que se possa fazer aos pais será injusta, como tão bem se costuma dizer, todos são inocentes, até que se prove o contrário, mas o certo é que esta família precisou de ajuda e não a obteve, não é uma situação de agora, mas pelos vistos, só agora, é que alguém se preocupou em fazer o seu trabalho, foi preciso uma desgraça para que alguém decidi-se que era hora de ajudar esta família, mas para o pequeno Daniel, poderia ter sido tarde demais.

É deste Governo, com umas prioridades bem estranhas, do qual me envergonho. O social foi relegado para segundo plano, as pessoas continuam a viver em dificuldades extremas e tudo em prol de uma política de betão, como se as pessoas comessem betão. Continuo sem entender como é possível deixar uma família com crianças pequenas a sobreviver com apenas 300 euros por mês, como é que estas situações não são solucionadas com eficiência??

Anda tudo mal, os hospitais sem condições, um desemprego acentuado, famílias desesperadas e carências sociais graves, mas anda este Governo mais preocupado com os orçamentos, os empréstimos, as Troikas e os bancos falidos, é assim que se criam as "prioridades"

É a triste realidade de uma Região e de um País...

Andreia Gouveia