domingo, 11 de outubro de 2015

Quem ganhou? Abstenção!

“Dos 9.682.369 portugueses inscritos para votar, 43,07% não foi às urnas”
                                                   Observador 05-10-2015

Faz hoje uma semana que o povo português votou para eleger o Governo dos próximos quatro anos. Entre vencedores e vencidos, é ainda mais evidente que houve alguém que, infelizmente, saiu mais vitorioso que qualquer partido político a votação. Esse ganhador sem rosto, sem nome e sem ideologia chama-se abstenção, não é de direita, nem de esquerda, nem tão pouco de centro. Esta é da linha dos descontentes, daqueles que acham que votar uma perda de tempo, daquelas a quem o pior da política arrancou a esperança e a vontade de exercer o direito de voto.

O que fazer quando é a abstenção a dona e senhora das vitórias? Como fazer com que as pessoas entendam que votar é a garantia que poderão escolher quem os governa e que o seu voto pode mudar o rumo do sistema político? A abstenção é o pior inimigo da democracia, com ela, os tiranos ganham o poder e alimentam-se da descredibilização sentida pelos que acham que o seu voto não muda nada, para destruírem economias e estados sociais.

Ganhou a abstenção em Portugal, tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos e é um mau sinal, sinal que os partidos não estão a dar garantias, não estão a atrair pessoas e principalmente é sinal que têm falhado nas suas promessas, nas suas linhas programáticas e nas suas ideias.

Conforta-me saber que estes novos partidos, criados de fresco, poderão ser a lufada de ar que a política precisa, a injeção vital que fará os abstencionistas perceberem que o seu voto é decisivo, que precisam tomar o seu lugar no curso inevitável da história, que precisam lembrar-se que muitos se sacrificarem para que hoje esse voto, que muitos desprezam, fosse um direito de todos.
Platão não diria melhor quando se pronuncia nesta frase: “o preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”.

O povo é quem mais ordena, ele decide e o dia que “ele acordar, muitos políticos deixaram de dormir”.

Andreia Gouveia


Noite Eleitoral JPP

Não foi a nossa melhor noite eleitoral, mas nunca a poderemos encarar como uma derrota. Em menos de quatro anos fomos capazes de construir uma credibilidade, levá-la primeiro a uma freguesia e depois a um concelho, conquistamos a Assembleia Legislativa da Madeira e para Portugal, conseguimos expandir-nos e levar o JPP e o seu projeto cada vez mais longe no mapa geográfico de um país, cada vez mais descredibilizado em termos políticos e num embate com uma enorme crise de valores.
Foram semanas de campanha intensa e de muito trabalho, mas sempre com a determinação e proximidade que nos são características, trabalhamos não para a política, para os interesses pessoais e partidários, mas para uma sociedade mais justa e equitativa, trabalhamos porque acreditamos num projeto e nas pessoas que o lideram.
Não aparecemos apenas em cenários de eleições, mantemos durante o nosso dia-a-dia uma proximidade com as pessoas indo ao encontro dos seus anseios, problemas e dúvidas.
O caminho faz-se caminhando, a todos os que contribuíram com o seu tempo e trabalho, que desceram becos, ruas e ruelas, que falaram, sorriram e ajudaram, que caminharam levando este projeto mais longe desde a primeira hora, o meu muito obrigado, estamos juntos, cada um que se empenhou neste projeto tornou-o mais grandioso, pois sempre defendemos uma política com coração e sem interesses.
Não somos apenas e só um partido, somos uma grande família, unidos pelos laços da amizade e pelo sentido de responsabilidade em prol do bem comum. Outras vitórias virão, outras conquistas e outros compromissos, certamente também outras ocasiões em que os resultados serão menos bons, o certo, é que estamos sempre juntos, porque juntos, seremos mais povo!
Andreia Gouveia