quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Caniço, Plano de Urbanização e o todo-poderoso:
    
    Há coisas que me deixam a pensar como é que o povo madeirense aguentou tanto tempo determinados tipos de pessoas e de atitudes. Custa-me por vezes a crer que ao fim de tanto tempo exista quem ainda acredite numa máquina desgastada pelo tempo, enferrujada pela arrogância e pela prepotência e que mais nada fez que condenar um povo a sacrifícios, resultado de anos de políticas erradas.
  
     Em Santa Cruz é a mesma máquina, os mesmos erros de governação, mas há quem ainda ache que detém o poder, e que a sua palavra é a voz da verdade. Engam-se, o povo não dorme mais e eu acredito na consciência política dos munícipes de Santa Cruz, creio que eles também percebem que todo este chinfrim á volta de um plano de urbanização que o próprio Governo aprovou e que agora vem manifestar o seu “suposto” descontentamento e “preocupação” pela opinião das pessoas não passa de uma manobra para desviar a atenção dos munícipes do que realmente é importante.
   
    Ainda há poucos dias existe quem apelidou o povo de “cachorros” agora diz que é a voz desses mesmos que tem a última palavra, peço que ao menos tenham consciência das barbaridades e do ridículo de toda esta situação, e que se lembrem que a voz do povo nunca foi ouvida, lembro-me da aprovação do PAEL em Santa Cruz, o Povo esteve lá, mostrou a sua opinião contra esse mesmo plano, e alguém, sem ser a oposição os apoiou e lhes deu razão?
   
   Deixem a oposição fazer o trabalho que lhes compete, deixem-se de joguinhos mesquinhos e rasteiras políticas. Deixem o Povo decidir. Preocupem-se é com decisões que são realmente importantes: tais como esbater a dívida e levar avante a auditoria externa. Ao Povo, essa máquina política, já não engana mais, pois cada uma das pessoas sabe com quem pode realmente contar nas horas de maior dificuldade, as pessoas têm visto as lutas do Movimento Juntos pelo Povo pelo bem-estar das pessoas, por isso não vale a pena tentar ferir a moral e os valores de quem realmente trabalha por um Concelho melhor.

                                                                                                          Andreia Gouveia

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Auditoria à Câmara Municipal de Santa Cruz:

    Muito se tem debatido sobre esta questão da auditoria á Câmara de Santa Cruz, e julgo ser pertinente esclarecer a importância desta auditoria:
1-      O valor da dívida do município e que é do domínio público ronda os 43 milhões de euros, mas é um valor superficial, sem aferições profundas, o que significa que este valor poderá oscilar, e é pois importante ter noção da real situação financeira da Câmara.
2-       Só uma auditoria poderá auferir a verdadeira situação das contas da Câmara, é de salientar que o próprio Tribunal de Contas detectou algumas irregularidades que só a
Auditoria poderá esclarecer, nomeadamente na questão dos 10 milhões de euros pedidos pelo executivo no ano de 2010.
3-       O futuro executivo que será eleito pelos munícipes, e estamos a meses das autárquicas, precisam de saber com o que realmente podem contar, até como forma de poderem procurar as soluções mais adequadas e preparar-se para agir da melhor forma face a este problema de falência técnica.
4-      Uma auditoria levará a que possamos entender quais foram as verdadeiras razões que conduziram o município a esta situação de descalabro financeiro e por consequência os responsáveis também.

      O custo desta auditoria é relativamente elevado, cerca de 100 mil euros por ano, mas trata-se de uma despesa necessária, e na minha opinião pessoal, deixou de ser uma hipótese, é mesmo necessária. Uma auditoria externa, independente e imparcial é fundamental para conseguir organizar as contas e esclarecer as populações bem como ter um real conhecimento da situação financeira do Município de Santa Cruz.

                                                                                                                     Andreia Gouveia

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

  Pais e a Crise...

   Hoje a navegar pelo Youtube deparei-me com uma reportagem feita pela Sic no dia 13 de Dezembro do ano passado sobre a fome em crianças em Portugal, o coração apertou-me e a revolta é gritante, como é possível em pleno século XXI existirem pessoas a passar por tão grandes dificuldades, que país, ou melhor que tipo de pessoas governam um país em que as pessoas estão cada vez a viver pior?
Ao ver a reportagem, vi pais desesperados, angustiados e revoltados com o destino que lhe foi traçado, envergonhados pela sua condição, vi crianças sem culpa alguma, que não pediram para nascer e hoje enfrentam as dificuldades e são, no fundo, as maiores prejudicadas de um sistema que não funciona e de um governo que prefere resgatar bancos do que salvar pessoas que necessitam de todo o apoio possível. Não consigo entender e entristece-me saber que as pessoas em Portugal estão cada vez mais pobres. Pessoas que um dia tiveram tudo, hoje não têm nada, mas mais grave do isso é perceber que existem crianças pelo meio, é urgente estar a atento a estas situações, apoiar as famílias, e apoiar não é, muitas vezes como o estado faz, cuja solução é retirar os filhos aos pais, pais esses que nunca e de forma alguma magoariam os filhos, causando assim ainda mais sofrimento, muitos destes pais a única coisa que querem é dar o melhor aos seus filhos (afinal é isso que todos os pais querem), e isso não lhes pode ser negado, estes pais não bateram no fundo pela sua escolha, foram arrastados pela força de uma crise que teima em ceifar a estabilidade das famílias, e as entidades competentes deste país devem ter como missão: estabilizar a vida das famílias, garantir os melhor aos seus cidadãos.

Reportagem em: http://www.youtube.com/watch?v=p8tWHOK7KEQ

Andreia Gouveia

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Se os sem- abrigo aguentam… Fernando Ulrich na sua melhor frieza:
  
    Ao ouvir as declarações de Fernando Ulrich em tom de justificação pelo que disse o ano passado sobre os portugueses terem condições de aguentar mais austeridade, saiu-se recentemente com mais uma declaração iluminada. "Se os sem-abrigo aguentam, porque que nós não aguentamos?” Eu explico porquê: Porque existe um documento ao qual chamamos "Direitos do Homem" que exige dignidade e boas condições de vida a TODOS os seres humanos, e em Portugal essa realidade de igualdade começa a desvanecer-se entre uma linha de pobreza extrema, resultado de anos de políticas erradas e a opulência de uns. É fácil a este senhor dizer os disparates que diz, porque ao fim de um mês de trabalho não é ele que recebe um mísero salário de 200 euros que não dá para fazer face às despesas, não é ele, que á semelhança de muitos reformados, trabalhou a sério uma vida inteira e mal tem dinheiro para viver, não é ele que vive na rua, aliás sabe ele lá o que isso é, não desejo uma situação dessas nem ao meu pior inimigo, mas parece que este senhor acha a situação dos sem-abrigo algo perfeitamente normal. Não sabe nem metade dos sacrifícios das pessoas.
   Quando ele diz num tom calmo e pacífico "se os sem-abrigo aguentam, nós também aguenta-mos" demonstra um alheamento total á realidade, uma falta de sensibilidade tamanha. Este senhor devia trocar o seu fatinho e ir viver uns meses como muitas pessoas, com as mesmas dificuldades, as mesmas angústias, os mesmos sacrifícios e os mesmos medos, aí iria perceber o impacto das suas palavras e o quão desumano soou. 

                                    Andreia Gouveia

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Câmara de Santa Cruz.


Ora vejamos:

1- Temos um executivo completamente desnorteado.

2- Pediram um empréstimo para o qual não temos condições para pagar sem empurrar os munícipes para mais austeridade durante os próximos 20 anos.

3- Temos as contas completamente desequilibradas e uma situação de falência á porta.

4- Existe quem passe a vida a atacar os partidos da oposição, num jogo do "empurra" em vez de encontrar soluções vantajosas para tirar o município desta situação.

5- Ninguém se lembra do conceito de democracia, ninguém quer dialogar.

6- Tivemos uma data de mandatos que “enterram”  43 milhões de euros sabe-se lá Deus onde, mas mesmo assim, á quem acuse a oposição de ser a responsável pela falência da Câmara, o que torna uma verdadeira fuga á responsabilidade visto que só existiu um força política a comandar os destinos de Santa Cruz desde que me lembro.

7- Não se explica aos munícipes nada, tomam decisões e ninguém mais opina, tentam esconder as coisas, e fazer passar gente honesta por mentirosa e incompetente, mas sempre ouvir dizer que “a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.”

  Quanto a mim, aspiro a mudanças em breve, talvez um novo executivo, novas pessoas, com valores, com novas ideias, uma golfada de ar fresco para o município, e o verde é tão bonito, é sinal de esperança, sinal de um novo possível executivo, capaz de agir socialmente sem quaisquer interesses, e continuo a dizer… o verde é sempre a esperança e existe um Movimento que ostenta esta cor de esperança e que reúne condições de gerir um Município.
                                                                                                                Andreia Gouveia

Política: Um emprego?

  Debato-me com esta questão diariamente: Será que a política pode ser vista como um emprego a 100%, uma forma de sustento? Nem todos concordaram com a minha visão das coisas, disso tenho a certeza, no entanto a minha visão de política é esta: ela existe para servir e não para ser servida. O trabalho dos políticos é exactamente este: Dar voz ás pessoas que os elegeram, defender os interesses das massas populares, mas, no entanto, este objectivo é por vezes, convenientemente esquecido.
   O que vejo na política actual aflige-me, políticos que viraram a política a seu favor, tornando-se imunes e por vezes quase Deuses, pondo-a ao serviço de uma pequena minoria. Nesse momento a política falhou, começou a fracassar, fracasso atrás de fracasso, que culminou com a grave situação do país. Política deve ser vista como a construção de um futuro melhor, servir o país, encontrar soluções fiáveis, é redigir-se por valores e condutas certas, honestas, mas acima de tudo transparentes. Fazer o melhor que pode e sabe pelo bem-estar de quem um dia lhe deu a confiança para zelar os interesses de uma população.
   O dia em que um político faltar ao sentido de responsabilidade, quebrar a confiança que lhe foi depositada, o dia em que sentir que está a trabalhar mais para si próprio e pelos seus interesses do que pelos outros, o dia em que vir um cargo político como seu, e apoderar-se dele, o dia em que não for transparente e honesto, então aí, o trabalhou ao serviço do povo terminou!
  Se um político não for capaz de sentar-se ao lado de quem o elegeu ouvir os seus problemas, as suas angústias e medos, o seu trabalho nunca terá o mesmo valor! Grandes políticos não têm grandes discursos, mas sim grandes obras e grandes atitudes, o carinho e o respeito das pessoas. Não precisam esconder-se atrás de seguranças, pela simples razão, sabem do fundo do ser que deram o melhor de si.

                                                                                                      Andreia M. Gouveia

Qual é a diferença entre os bons políticos e os maus políticos tendo como exemplo os incêndios?

1- Os bons políticos ficaram ao lado da sua população, mesmo tendo família, foram ajudar quem mais precisava, estiveram no terreno desde o primeiro dia, horas a fio, dias a fio, limpando e ajudando. Os maus políticos viram e calamidade, disseram meia dúzia de palavras e foram de férias, ou simplesmente ignoraram, ou melhor andaram a fazer declarações no mínimo ridículas.

2. Os bons políticos visitaram as zonas afectadas pelos incêndios, falaram com o executivo das freguesias afectadas e ainda mostraram uma grande solidariedade, sem descriminações políticas. Os maus políticos, como era de esperar, andaram a fazer descriminações políticas, numa altura tão crítica, e a se fazerem de muito importantes.


3- Bons políticos não têm medo de sujar o sapatinho de verniz, nem o fatinho da Gant, vestidos de t-shirt e calças simples, em vez de palavras fizeram actos. Os maus políticos fazem longos discursos, dizem lá do alto que as coisas precisam mudar, mas não vão para o terreno ajudar as pessoas.

4- Bons políticos esforçam-se todos os dias para dar às pessoas que tudo perderam uma esperança, um voto de coragem, e um sorriso no rosto, sem burocracias, vêm as coisas por fazer e fazem, na hora, o mais rápido possível e sempre dentro da lei. Os maus políticos arrastam a situação, o mais que podem, assistem a tudo passivamente e para ajudar è preciso apresentar resmas de papéis e ainda dizem que ajudam.

5- Bons políticos preocupam-se com as pessoas genuinamente, quer antes, durante e depois das eleições, e estão sempre presentes na vida das pessoas. Os maus políticos só se misturam com a população quando precisam de votos, depois passam na rua, e nem olham mais para a sua cara.

6- Bons políticos, são como alguns que conheço, misturam-se com as pessoas, não se fazem melhores que ninguém, não precisam de seguranças, porque sentem-se seguros no meio da sua gente. São de outra fibra, de outra raça.

7- Bons políticos jamais levariam este país ao ponto que chegou, maus políticos destruíram a nossa estabilidade, destruíram a nossa economia, e fazem de nós bonecos.

Eu com isto quero dizer, abram os olhos, mais do que ter um curso e perceber de gestão, os nossos políticos têm que ser humanos, sinceros, honestos. Mais que político, um amigo. Que não coloque os seus interesses pessoais à frente dos interesses da maioria. Que lute realmente ao lado das pessoas. Eu aprovo políticos desses."


                                                                                                              Andreia M. Gouveia