sexta-feira, 3 de junho de 2016

A demissão de quadros clínicos do SESARAM diz muito sobre a gestão do Governo Regional PSD, não basta assumir as culpas, tem que haver soluções rápidas e eficazes. Aquilo que se verifica atualmente na Saúde é uma autêntica vergonha.
  
Há quem ainda alimente a esperança de "tapar o sol com a peneira", mas felizmente, contra os fatos não há argumentos e aquilo que tem vindo a público, quer por parte de forças políticas, quer por parte dos próprios trabalhadores do setor bem como da população em geral, não deixam margem para dúvidas, a saúde está a entrar num profundo retrocesso e com implicações para as pessoas.

Falta de tudo nos serviços, profissionais, equipamentos, higiene, condições nas infraestruturas medicação e este Secretário está completamente ao lado da situação ou no pior dos casos, FINGE estar ao lado da questão, ele sabe, sabe ele e sabe toda à gente.

Quando se perde o respeito e a noção de seriedade acho que lugares e cargos devem ser repensados, temo que cheguemos a uma situação de rutura onde os únicos prejudicados serão os utentes.

Sempre ouvi dizer que com a saúde não se brinca, mas neste momento há quem vá mais longe e faça dela uma arma de arremesso, um torneio de ténis, um conflito de interesses e essa gente deve pensar bem se reúne as condições de continuar a exercer funções. É inqualificável aquilo que estão a fazer ao setor da Saúde e ainda mais inqualificável a postura de quem nos representa face aos problemas, a inercia e a ineficácia de quem nem deveria dormir enquanto todas estas situações não fossem regularizadas.

As pessoas descontam uma vida inteira para usufruir desta vergonha a quem chamam de saúde, tenham vergonha!


Andreia Gouveia 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Telhados de vidro

Para alguns partidos da oposição, que incluí o PSD (no caso de Santa Cruz), o trabalho é criticar quem está no poder, tem a sua lógica, mas essa postura torna-se questionável quando quem critica não tem qualquer tipo de moralidade para falar.

Façamos um retrocesso a 2012/2013, quando o PSD ainda era executivo em Santa Cruz, um Plano de Ajustamento Financeiro (PAEL) foi cozinhado nas costas dos santacruzenses. No dia da votação da proposta, na Assembleia Municipal, o salão nobre da autarquia encheu-se de populares a protestar contra a assinatura desse PAEL que levaria os impostos municipais para níveis máximos. No entanto, nem essa onda popular, a voz suprema do povo, fez essa gente recuar.

O PSD acabou por aprovar, sozinho, o empréstimo financeiro, nessa altura, nenhum dos vereadores, nenhum dos deputados municipais, nem o próprio presidente ou qualquer membro do PSD estavam preocupados com o impacto das suas decisões na vida das pessoas.

Dois anos e meio depois o PSD lembrou-se que afinal têm uma veia social, tardia essa descoberta, mas só a descobriram porque sempre será mais fácil criticar, do que fazer melhor. Estão suas excelências revoltadas com a implementação da ecotaxa em Santa Cruz, uma taxa criada para os turistas que nos visitam e que contribuirá para a manutenção do município nas áreas do ambiente.

Agora pergunto, onde estava a preocupação social quando queriam disparar as taxas municipais para níveis máximos? Onde estava toda essa solidariedade para com o povo, quando deixaram a Câmara Municipal com 50 milhões de dívida, muita dela ilegal? Onde estava a vossa camaradagem quando fizeram negociatas para os amigos em detrimento dos interesses da população?

Criticar é bom, mas quando não se tem telhados de vidro, não se atira pedras, nem pedrinhas.

Andreia Gouveia