Este é um dos assuntos do momento, as praxes académicas. O seu fim ou a sua continuação são agora discutidos pela opinião pública e nada tem mais força que a opinião pública. É deveras um assunto muito delicado e que deve ser discutido de forma racional, mas com um espírito aberto.
Primeiramente somos confrontados com a ideia que a praxe é uma forma de integração dos novos alunos, chamados caloiros, na Universidade. Não deixa de ser verdade, mas a suposta integração não deve, nem pode ser confundida com humilhação, opressão, estupidez e barbaridade. Infelizmente, não raras vezes, excede-se o limite.
Existem boas praxes, cometeríamos uma mentira tremenda se não o afirmássemos, mas também há más praxes, capazes de marcar a vida de um ser humano de uma forma muito negativa e a única forma de evitar, é legislar e fiscalizar estes modelos de integração. Impera a necessidade de dureza em punir as más praxes e os seus autores para que os novos universitários possam desfrutar de um bom começo, integrando-se verdadeiramente na vida académica.
Sou totalmente contra qualquer tipo de praxe que envolva humilhações e violências, como aquela que envolve, aparentemente, a tragédia de Meco. Praxes como aquelas não passam de um circo de gente mal intencionada, sem qualquer espírito académico e que atiram para a lama o nome de muitas Associações Académicas com provas dadas de mérito e boas práticas.
Muita coisa precisa mudar, no entanto, a praxe é motivo de alegria de milhares de universitários que dela guardam grandes e bons momentos, histórias para contar e amigos para vida, e aí sim, quando as praxes são assim, verdadeiramente integradoras e saudáveis, só podemos ser a favor, porque dignificam o verdadeiro sentido da palavra.
Andreia Gouveia
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