Gaula é uma terra de tradições e
é nas tradições que reside a forma mais genuína de um povo, são linhas que
contam, de forma indeclinável, quem fomos e quem sempre seremos. Fizemos da
proximidade com os nossos, que tão bem nos caracteriza, uma ponte entre as
pessoas e as nossas tradições, algo que é imprescindível manter para que não se
percam nos labirintos do tempo, as essências de uma época culturalmente rica.
Há muito tempo atrás, debulhava-se
trigo por estas bandas, aproveitando a força da água e a sua abundância,
trabalhavam sem parar as pás dos moinhos que tentamos, hoje, preservar. São
património que nos conta detalhadamente a faina do trigo que fazia parte do
dia-a-dia das famílias, desde a sementeira do grão até a amassadura do pão, mas
não só, esta freguesia é portadora de uma história inigualável.
Hoje, e na defesa intransigente
da nossa identidade, fazemos questão de manter vivas as tradições que dão corpo
à nossa freguesia, fomentamos as memórias organizando e inserindo-as em
Reconstruções Históricas, durante todo o ano, abertas a todas as pessoas e onde
todos podem participar. Temos o exemplo da reconstrução da vindima, realizada
em setembro, a amassadura do pão, não esquecendo a Reconstituição Histórica de
lavar roupa nos lavadouros, episódios que faziam parte dos tempos da “outra
senhora” e que agora são reproduzidos, na integra, com o apoio das populações, são
elas, as maiores mentoras destes projetos.
O contato direto com as pessoas,
a valorização do património, material e imaterial, bandeiras deste executivo, têm
destas coisas, a possibilidade de envolvimento de todas as partes na realização
de projetos de cariz histórico, o que faz ser possível realizar atividades
muito interessantes, não só fomenta a História, como também apruma as relações
humanas, estreita as ligações entre nós, poder local, e as pessoas que,
orgulhosamente, representamos e é este o caminho a seguir.
*Artigo publicado no Diário de Freguesias do Diário de Notícias da Madeira
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