Setembro é mês de festa na Freguesia de Gaula, é um mês de comemorar o mais genuíno que por aqui se faz. Na terra das amoras comemorou-se as gentes, a doçaria e a tradição, que são uma verdadeira inspiração.
A moldura humana que se formou de
5 a 8 de setembro naquele pequeno largo da Igreja da Nossa Senhora da, deixa-nos
com a sensação de dever cumprido, com a certeza que aquilo que liga o povo
gaulês, é muito maior, do que aquilo que o separa.
Gaula é retratada em muitas obras
literárias como uma terra mítica, mas esta nossa Gaula, é de carne e osso, é
feita de sonhos e de pessoas que nunca deixaram morrer as suas tradições.
Tivemos uma reconstituição histórica, fados, folclore, concurso de doçaria
tradicional, mas tivemos também tapeçaria feita à moda antiga, obras em madeira
e a típica gastronomia, acima de tudo, tivemos pessoas presentes e dedicadas,
que fizeram de mais uma edição da Festa da Amora e da Doçaria Tradicional, um
estrondoso sucesso.
Não deixamos, ano após ano, de
aproveitar esta festividade para homenagear figuras que se confundem com a
história da nossa freguesia e que alavancaram projetos que foram capazes de
transportar Gaula, além-fronteiras. Este ano, com muita alegria, homenageamos o
professor Manuel Vieira, um homem profundamente ligado à cultura e à música na
nossa terra e que é atualmente o dirigente da Tuna Amadis de Gaula.
Ao pisar o palco para a Sessão
Solene do Dia da Freguesia, ganhamos noção da força que nos une, no adro,
centenas de pessoas arrumavam-se em todos os cantinhos e aquela moldura humana
deixou-me com o coração cheio, com a incrível sensação de chegar a casa e a
essas pessoas, por todos os dias levarem Gaula mais longe, o meu muito obrigado.
Gaula é assim mesmo, com os olhos
postos no futuro, com respeito pelos ensinamentos do passado, não se deixa
governar, mas governa-se muito bem, valoriza o seu património, o seu genuíno,
mas acima de tudo, as suas pessoas, sem elas, a história não faria sentido.
Parabéns Gaula, são 510 anos de
um sonho que trilhamos juntos.
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