Gaula é
a única freguesia da Madeira com dezena e meia de fontanários classificados que
contam a história de outros tempos, quando as redes de água potável ainda não
eram uma realidade, eram estes fontanários que abasteciam as moradias gaulesas.
Emblemáticos e irreverentes, que não vergam à passagem dos anos, os fontanários
de Gaula constituem um património a visitar.
Para
contar a sua história, temos de recuar no tempo, ao século XVI, quando começou
a ser povoada. Mais recentemente, precisamente em 1930, generalizou-se a
construção destas edificações, concluídas em 1975. É fácil elucidar alguns
exemplos, o fontanário da Fonte de Lopo, o de S. João ou do caminho da Torre, o
da Levadinha do Pico ou da Terra Velha, todos com elementos decorativos que nos
transportam à vertente religiosa, muito vincada nas gentes desta terra.
A
autarquia tem feito um esforço para conservar este pedacinho de identidade
gaulesa, projetando a recuperação e a preservação destes fontanários, mas
também sensibilizando as pessoas para a importância dos mesmos. Pela altura dos
Santos Populares a Junta de Freguesia organiza uma atividade de enfeitar fontanários
e mais recentemente, recuperou o fontanário da Achada de Cima, destruído há
pouco mais de trinta anos e cujo azulejo, pintado à mão, destaca a padroeira, a
Nossa Senhora da Graça.
Gaula é
das freguesias onde a água constitui uma força motriz e onde se realça um vasto
património cultural ligado a este recurso natural, em função disso, desde 2014,
a Rota da Água constitui um trilho turístico, que incide na visita e passagem
por fontanários, moinhos e lavadouros, estes últimos, também alvo de
preservação e recuperação por parte da autarquia.
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