domingo, 3 de maio de 2020

(A)Normalidades


Um vírus ainda tão desconhecido paralisou as maiores economias do mundo, fez tombar países musculados e trouxe à tona uma série de fragilidades económicas e sociais, mas uma coisa é certa, foi também capaz de gerar uma onda de solidariedade mundial, mudar a forma como encaramos o que nos rodeia e colocar à prova a resistência dos povos, mas será que o pior já passou?

No próximo dia 4 de maio a Madeira irá retomar a atividade económica, mas as pessoas precisam de entender que isso não significa que iremos voltar à vida que tínhamos antes da Covid-19, esta será sempre uma retoma à normalidade, anormal, e precisamos manter todo o cuidado.

O vírus não está erradicado e por isso impera a necessidade de manter uma postura defensiva, porque ao cuidarmos de nós, estamos automaticamente, a cuidar de todos os outros. O uso da máscara deverá ser a rotina a adotar em qualquer deslocação fora da nossa residência e continuar a respeitar as regras impostas, é a única arma que temos para combater o tão temido monstro que se instalou nas nossas vidas.

Segundo dados do Expresso, Portugal teve 25.190 pessoas infetadas com o novo Covid
-19 das quais sucumbiram 1.023, comparando com alguns países, como a Espanha e a Itália, podemos respirar de alívio, mas nunca baixar a guarda, porque o pós-Covid-19 será tanto ou mais difícil que todo este percurso que trilhamos juntos.

A Madeira está há oito dias sem registar casos positivos e é a única região do país que, felizmente, não regista nenhuma morte pelo vírus, um verdadeiro orgulho, o claro sinal que as medidas impostas e cumpridas à risca pela larga maioria dos cidadãos, fizeram-nos capazes de vencer na maior adversidade.

O caminho da normalidade é longo, deveras incerto, mas fica a certeza de um abraço caloroso que, ainda que na distância, nos acalenta o sonho que ficará tudo bem e que voltaremos a abraçar os nossos amores.
  


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