Para onde caminhamos?
Anos de políticas
erradas, anos de esbanjamento e de regalias, anos de mentiras e enganos e que
culminaram com um presente pautado por profundas desigualdades. Pautado por
pessoas que lutam para sobreviver, esmagadas pela opulência de uma minoria que
teima em persistir e em manter a sua posição ainda que sem condições para tal.
Que região é esta
onde já se contam milhares de desempregados, uma região onde a pobreza começa a
disparar a um ritmo galopante. Que lugar é este onde os jovens têm de emigrar
porque o seu país não lhes dá um futuro digno e onde muitos idosos, que
trabalharam a vida inteira para construir este país, vivem de forma quase miserável?
Que região pretendeu o governo construir, quando se preocupou mais em injectar
dinheiro em obras desvairadas do que resguardar os interesses das populações?
Que caminho estamos
nós a traçar quando nos vergamos constantemente aos grandes “senhores da
Europa”, mesmo que isso custe o sacrifício de todos os cidadãos? Que política é
esta em que se tira aos pobres para dar aos ricos?
Na Madeira subjugou-se
o poder da população que andou “adormecida”, mas o despertar era inevitável, é
sempre. As pessoas não dormem mais, e a mudança é agora inevitável também. Já
lá foi o tempo das grandes maiorias absolutas, falta o pão na mesa de muitas famílias,
elas agora vão lutar pelos seus direitos, por uma vida melhor e não se pode
negar isso a ninguém. A mudança começa agora e em Outubro, se Deus quiser, fica
consolidada.
Andreia Gouveia
Sem comentários:
Enviar um comentário