As desculpas começam a ser repetitivas, mas soluções, nem vê-las. Já passamos pela falta de pessoal, pela falta de equipamentos e por fim a falta de medicamentos. Fomos confrontados com fotografias que nos apertaram o coração e assistimos, pessoalmente, às condições
deploráveis das infraestruturas hospitalares na nossa Região, para não falar,
dos corredores apinhados de gente, que, com todo o respeito por essas pessoas,
parecem campos de refugiados ou até mesmo, a deficiente rede de transportes de
doentes, para não referir outros assuntos, de maior e menor gravidade.
Depois chegou a fase de sacudir a água do capote, culparam a oposição de ser um entrave, acusaram os órgãos de comunicação social de promover o alarmismo, por fim apontaram
o dedo ao Governo Central, pela não construção do novo hospital, todos somos culpados, menos o Governo PSD. Já dizia o ditado, o macaco não vê o rabo que tem.
No meio de culpas e não culpas, as soluções tardam em chegar, as que são
colocadas pelas bancadas da oposição são ironicamente chumbadas, quase parece que, afinal, não há problema nenhum na Saúde, mas infelizmente o parecer, quase nunca é ser. Assim vai a nossa política que, infelizmente, tem o poder de interferir com os direitos
das populações.
A Saúde está doente, muito doente, vítima das negociatas e dos interesses políticos, vítima dos lóbis económicos, quase refém do privado e se isto é
defender os interesses das pessoas, se isto é defender a democracia, se isto é
elevar o nome da Região, então estamos condenados.