Ouvi muitas vezes, da boca de uma pessoa por quem nutro um enorme carinho e respeito, que a melhor escola política é uma Junta de Freguesia e não poderia estar mais de acordo com a afirmação.
Uma Junta de Freguesia é sempre, por mais que queiram negar, o primeiro rosto de apoio à população, o mais próximo que algumas pessoas têm de família, o mais quente calor humano e por vezes o único apoio que encontram. Vejo uma roda viva de pessoas que passam para um cumprimento, um aperto de mão ou um agradecimento.
Eu sou da Junta de Freguesia e não me revejo em outro lugar, gosto das pessoas, do que elas me ensinam todos os dias, dos sorrisos calorosos, do calor humano e até das críticas, porque é com elas que melhoramos. Somos “adotados” pelas pessoas de uma forma que preenche e que nos faz sentir que cumprimos bem a nossa missão.
Todos e quaisquer políticos, como diz o nosso presidente Filipe Sousa, deviam passar por uma Junta de Freguesia, só assim iriam valorizar o que vos escrevo, mas acima de tudo o trabalho que desempenhamos com um orçamento inaceitável, mas com determinação, acima de tudo com gosto, com respeito pela causa pública e pelas pessoas, venceremos sempre.
Nos últimos anos vi a minha Junta de Freguesia perder mais de 20 mil euros do Estado, vi ficar esquecida, relegada para segundo plano, aliás como tantas outras por esse país fora, nos sucessivos orçamentos regionais e nacionais, como se fossemos os parentes pobres do poder, mas vi o meu presidente rir e chorar com as populações, vi a gratidão nos olhos dos nossos quando resolvemos os seus problemas, os seus anseios e as suas questões e não há nada mais gratificante para um autarca que isso.
Vejo muitas vezes a forma como o poder acima de nós se move, nos silencia, quase nos esmagando nos interesses, que acham eles, serem supremos, mas não são eles que apoiam as pessoas numa proximidade real, não são eles que batem uma freguesia por cada rua, beco e ruela, não são eles que vão para o terreno, que se entregam à realidade, não àquela de gabinete com cheiro a teoria, mas à realidade de que vivem os nossos.
Vejo muitas vezes a forma como o poder acima de nós se move, nos silencia, quase nos esmagando nos interesses, que acham eles, serem supremos, mas não são eles que apoiam as pessoas numa proximidade real, não são eles que batem uma freguesia por cada rua, beco e ruela, não são eles que vão para o terreno, que se entregam à realidade, não àquela de gabinete com cheiro a teoria, mas à realidade de que vivem os nossos.
Mas, com gosto, sou da Junta de Freguesia e de Gaula.
Andreia Gouveia
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