quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Aqueles que os outros querem ser:

Thomas Jefferson (3ª Presidente dos EUA) disse:

"Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público."

 Não é apenas necessário, mas primordial que os atuais políticos se revejam nesta frase.

Numa altura em que diversos partidos políticos se debatem, não só com questões sérias de liderança interna, mas também com o colocar em causa das suas políticas e ideias, observo algumas figuras numa luta acesa para obter um lugar elegível. Nunca é demais lembrar a quem tem o poder de os eleger, que todas as eleições são formas democráticas de mudar o decurso da história e de melhorar o que se tem feito até aqui.

Para simpatizantes e militantes eis a oportunidade de escolher, não o líder mais carismático ou demagógico, mas aquele capaz de fazer da política um serviço público e que seja capaz de encontrar verdadeiras soluções que sirvam os interesses de toda a população. Um ser humano capaz de colocar o bem comum à frente dos interesses pessoais e com uma capacidade de diálogo que permita entendimentos onde estes sejam necessários.

Tenho visto muitos candidatos a líderes que mais não têm que muita lábia, mas que uma vez colocados no poder exercerão uma ditadura disfarçada, pincelada por manobras manhosas e que servirão os interesses apenas de "meia dúzia". É com esses candidatos, lobos com pele de cordeiro, com quem precisamos de ter cuidado, nem que seja para não voltarmos a cair nos mesmos erros.

Continuo a dizer que o problema não está nos partidos, nem na política de uma forma geral, mas nas pessoas que exercem esse serviço público, pessoas essas que vêem na política não uma forma de servir, mas de ver servidos os seus interesses.

Precisamos de mudanças urgentes e o momento é oportuno para fazer uma espécie de "limpeza" em determinados partidos

Andreia Gouveia